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Em plena quadra Pascal, visita o nosso país uma das bandas mais blasfemas, polémicas e controversas desde que há memória, nada mais nada menos que a banda norueguesa de black metal Mayhem. E eis que após uma passagem por terras de Corroios os Mayhem visitaram o norte do país, precisamente no renovadíssimo Hard Club, um nome mítico nas noites de espectáculos portuenses. Vieram acompanhados com a banda minhota Daemogorgon e os lisboetas Corpus Christii, estes através de convite pelos próprios Mayhem.
Já pouco passava das 21h quando entram em palco os Daemogorgon, uma banda com uma sonoridade entre o black e o death metal. Para uma sala ainda pouco composta, o conjunto minhoto debitou vários temas do seu último EP “Chaos.Through.Phobia” datado de 2010. Embora com uma sonoridade um pouco diferente do restante cartaz, deram um concerto bastante competente, com o público a reagir da melhor forma. Foi um óptimo aperitivo para o que ainda viria.
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Ao passar das 23h ouvem-se os primeiros acordes de “Nasty”, que marcava o início do concerto que visitaria vários momentos da discografia da banda. A guitarrista Ruyter Suys vibrava como se não houvesse amanhã, mostrando que o rock definitivamente não é só para homens. Do lado oposto a baixista Karen Cuda dava ares de ter a mesma opinião, e o vocalista Blaine Cartwright falava-nos de noitadas, álcool e rock n’roll. Sempre com grande ritmo, os Pussy entregavam-se totalmente à música, e Blaine Cartwright ia avisando que a viagem para Vigo no dia a seguir ia ser curta, por isso a noite teria de ser longa. “Hell, yeah!”
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Os britânicos Anathema voltaram uma vez mais à cidade invicta, após nos terem presenteado em Maio do ano passado com a sua passagem pelo Sá da Bandeira, voltaram este ano novamente em nome próprio, para apresentarem o seu último lançamento de longa duração, “We’re Here Because We’re Here” lançado em Maio deste ano pela Kscope Records.
A abertura do concerto esteve a cargo da banda portuguesa Slamo, onde o vocalista Tobel conseguiu mostrar a sua garra em palco, e juntamente com os restantes membros da banda, nomeadamente, Daniel Cardoso na bateria, tentaram transmitir a energia do seu Rock alternativo/progressivo a uma sala ainda um pouco “apagada”.
Perto das 22h, sem atrasos, entra em palco a banda mais aguardada da noite. Abrindo com “Deep”, os Anathema tocaram numa primeira parte temas, talvez, mais familiares ao Hard Club que naquele momento já se encontrava completamente cheio. Por lá foi tocado “Closer”, onde Vicent Cavanagh se apodera dos teclados produzindo o som electrónico da música, e onde começa um dos momentos altos da noite, pois aí viriam uma série de clássicos a que ninguém ficou indiferente; seguindo com “A Natural Disaster” onde entra Lee Douglas recebendo desde logo inúmeros aplausos, como seria de esperar, pois a vocalista tem uma voz incontornável; mais à frente o tema “Empty” viu um público completamente vibrante; a terminar esta primeira parte esteve “Flying”, com o simpático Daniel Cavanagh, que ao longo das cerca de 2:30h de actuação, demonstrou incessantemente a sua empatia pelo público, conseguindo pôr toda a gente a entoar o refrão.
Em seguida, e talvez o momento mais baixo da actuação, foi quando tocaram na integra o seu último registo “We’re Here Because We’re Here”.
Finalizaram o espectáculo com os temas: “Are you There?”; “One Last Goodbye”, com o público a cantar grande parte do tema, o que não deixou Vicent esconder a sua satisfação; e por fim, levando uma vez mais o público ao êxtase, estiveram “Shroud of False” e “Fragile Dreams”.
A verdade é que ninguém parecia querer que o concerto acabasse, pondo a banda a beber a nossa velha “Super Bock”, agradecendo a empatia do público, e houve mesmo um momento de animação quando Jamie Cavanagh sobe em palco para dançar com Lee Douglas.
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