JLM: Ser engenheiro ou músico bem sucedido
Músico desde os 18 anos, José Luís Monteiro é ainda estudante de Engenharia eletrotécnica. Já com um álbum lançado, a esperança é que o futuro seja dividido entre a música e a carreira de engenheiro.
Margarida (M): O teu nome no meu contacto ainda é entrevista e, por isso gostava de saber o teu nome e há quanto tempo fazes música.
JLM: O meu nome é José Luís Monteiro AKA “JLM” que é o meu nome de artista. Eu faço música desde os 16, mas na altura não era bem música. Fazia uns poemas e tinha umas melodias, mas não podia considerar música. Eu comecei a lançar música na altura com um amigo meu que também é aluno da FEUP comigo. E foi isso comecei a fazer música com ele e fui continuando.
M: Quando é que foi o lançamento da tua primeira música?
JLM: Foi em 2020 tinha 18 anos e lancei na altura no verão desse ano.
M: Explica-nos agora um bocadinho melhor qual é o conceito das tuas músicas, como é que tu as crias e de onde vêm as ideias. Conta-nos um bocadinho acerca do teu processo criativo.
JLM: Na fase em que eu estive era muito visual e descritivo, ou seja, eu tento pegar em coisas que eu consigo ver e a partir de metáforas pegar nelas e dizer o que quero dizer. Não gosto de ser muito óbvio. Por outro lado, eu sinto que depois do lançamento deste álbum já estou a ser um bocado menos abstrato, estou a começar a simplificar. Já descrevi muitas coisas. Gosto do que fiz até agora, mas estou a tentar explorar outras vertentes. O pessoal que me ouve sentiu essa diferença numa música que fiz com o AJM, “Refém”. Esta música foi menos descritiva e um bocadinho mais percetível. Todos gostaram muito e eu também gostei imenso de a fazer.
M: O teu público não sentiu a diferença do que tu eras para o que tu és agora? O teu público-alvo acabou por mudar?
JLM: Mais ou menos. Na altura essa música foi importante porque o meu grupo de amigos passou a conhecê-lo e o grupo dele a mim. Isto juntou-nos um bocado. O pessoal acabou por perceber que tudo o que eu conseguia fazer até ao momento não era tudo o que eu era capaz de fazer. Ou seja, eu ter feito uma coisa com um registo diferente fez com que o pessoal também pensasse que também gostava disto. Foi mais uma skill.
M: Podes partilhar o nome do álbum que já lançaste e se já existe mais algum por vir?
JLM: O meu álbum tem 8 faixas. Em 2018 lancei o meu primeiro single, “A Tocha” e a adesão foi mesmo fixe. Por causa da COVID as coisas acabaram por atrasar imenso. Entretanto o estúdio do meu amigo ganhou humidade e tive de gravar noutro sítio, o que atrasou o processo. De 2020 a 2023 fui lançando singles quando consegui que estão agora todas no álbum. De agora para a frente tenho algumas músicas pensadas.
M: Quem é que mais te inspirou a seguir essa carreira?
JLM: Dealema, Mundo segundo, Prof Jam …
M: Estás no curso de Engenharia Eletrotécnica. Como é conciliar isso com a música? Pretendes ser engenheiro e trabalhar com música?
JLM: Isso é uma questão que me bate quase todos os dias. Eu gosto de engenharia e gosto do meu curso e isso não tenho dúvidas, mas isso temos sempre fases que quero fazer mais música e não dá para se fazer na cadência pretendida. Não é possível por causa da faculdade. Mas as coisas vãos se fazendo e, entretanto, quando for trabalhar acredito que as coisas sejam diferentes. Na faculdade temos atividades académicas e a trabalhar vou ter um regime mais metódico que me vai permitir trabalhar e fazer música ao mesmo tempo.
M: Se te perguntasse o teu maior sonho dirias que era ser um engenheiro bem-sucedido ou um músico bem-sucedido?
JLM: Era ser um músico. Quando os meus amigos me perguntam isso dou sempre o exemplo dos “Dialema”. Eles por muito que sejam reconhecidos eles se deixarem de trabalhar não têm dinheiro para sobreviver. Isto é injusto. Ou seja, o que quero dizer é que com o curso uma pessoa está salvaguardada ao fim do mês e temos o salário. A música envolve trabalhar muito mais. Espero que a música seja mais uma fonte de rendimento.
M: Onde podemos encontrar a tua música e as tuas redes sociais para te seguir?
JLM: A minha música esta no Youtube, Spotify que é onde eu partilho mais e depois ainda tenho o meu CD físico que encontram ao falar comigo. Através das minhas redes tenho posto excertos de algumas músicas e tenho explicado partes de músicas. Eu quero que o pessoal perceba as músicas então o que tenho feito é por um bocado de uma das músicas e depois vais para a direita e tem a explicação. Por exemplo, a primeira música chama-se “Interferência”. A ideia do nome veio de introdução, isto é o que eu vou explicando nas redes de forma simples. (About@jlm)
Podes descobir mais sobre o artista no Instagram e no TikTok.
Margarida Rodrigues
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