“Alumni a dar música” é uma rubrica musical em formato Podcast do Gabinete Alumni da Talent Unit da FEUP em parceria com a Engenharia Rádio que traz todos os meses as escolhas musicais dos nossos Alumni. Na 27ª edição do “Alumni a dar música” temos a escolha musical da alumnus João Poças.

João Poças

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica

Lead Engineer na ASML

As músicas que acompanharam João Poças

“Fazer uma escolha musical revelou-se uma tarefa mais árdua do que previsto inicialmente. Se rapidamente saltam nomes à nossa mente de canções intemporais, quando fazemos uma reflexão ao passado, reavivamos excelentes memórias que são acompanhadas pelas músicas do momento.

Desde os 6 anos que fui incentivado a estudar música, mais propriamente órgão. Nunca foi um instrumento de eleição, mas permitiu-me iniciar o meu contacto com o mundo da música, tocado e ouvido.

Lembro-me que a primeira música que realmente gostei e ouvi vezes sem conta foi a “Bohemian Rapsody” dos Queen. Os meus pais gostavam de música mais tradicional e recordo-me de aos 10 anos ter pedido ao meu pai que me mostrasse algo mais “Rock”. Ele sacou um vinil com o álbum Greatest Hits que depois gravamos em cassete para ouvir no carro.

Creio que Queen me acompanha desde sempre, e apesar de não ser o meu tema preferido, opto pelo tema referido por ser a minha primeira grande referência.

Pouco tempo depois comprei o meu primeiro discman juntamente com o CD “Fido Apresenta o nº 1”, edição de 1995. Ouvi esse duplo CD vezes sem conta, de onde destaco a música “Nadar” dos Black Company.

Numa fase da minha adolescência lembro-me de ouvir muito Zucchero, mais propriamente “Senza una Donna” em casa de um amigo, onde jogávamos bilhar horas a fio enquanto ouvíamos música.

A próxima música que destaco foi claramente “Under the Bridge” dos Red Hot Chili Peppers, que foi uma espécie de despertar para novos horizontes musicais.

Por esta altura, entre os 16 e 18 anos, também me dedico a estudar saxofone, criando um certo gosto pelo Jazz, ouvindo bastante Jamie Cullum “These are the days”, entre outros temas.

Algo que também me marcou imenso e contribuiu para aquilo que sou hoje, foram os verões em colónias de férias Cristãs, mais propriamente em Esmoriz (Centro Bíblico de Esmoriz). Fui muitas vezes voluntário para ajudar nas tarefas diárias e muitas das vezes que estávamos a tratar da louça cantávamos “Porto Sentido” de Rui veloso. A música tornava claramente a tarefa menos árdua.

Nestas mesmas colónias de férias, de carácter cristão, havia também períodos de música gospel. Provavelmente a música que mais gozo me dava tocar era “My Desire” de Kirk Franklin.

Aquando da entrada para a faculdade (Engenharia mecânica, 2003), e creio que principalmente neste período, alargo as minhas escolhas musicais para uma maior diversidade. Neste período existem alguns temas que me acompanharam – Supertramp “Don’t leave me now”, The Verve “Bitter Sweet Symphony”, “Fly away” de Lenny Kravitz, “Amazing” dos Aerosmith ou “Gansta´s Paradise” de Coolio.

No último ano da faculdade, e muito devido ao falecimento da minha mãe, ouvi múltiplas vezes 3 temas, geralmente com o volume acima dos valores permitidos por lei para me abstrair da realidade – “Wish you were here”, tema dos Pink Floyd mas a versão tocada pela Dave Mathews Band, “Barcelona” de Freddie Mercury e Montserrat Caballe e “Conquest of Paradise” de Vangelis.

Já no mundo de trabalho, e com a música como parceiro diário, adquiro gosto pelos The Gift, onde posso destacar o tema “Primavera”, Kings of Leon “Sex on Fire”, Pink Floyd “In the Flesh”, Walk the Moon “Shut Up and Dance” ou Sting. Sting tem um destaque especial porque tem uma canção que foi referência no meu casamento – “Every Little Thing She Does is Magic”.

No final de 2019, mudamo-nos para os Países Baixos, e fomos pais no início de 2020, entrando em isolamento devido a uma pandemia que paralisou o mundo. Éramos 4 dentro de uma casa (ter gémeos em tempos de Covid é uma experiência curiosa) e ouvíamos muita música. De entre vários temas (alguns dos já mencionados e ,claro, Panda e os Caricas) houve uma canção que era pedida para ser repetida vezes sem conta – “Do What You Can” dos Bon Jovi. Esta canção descreve bem qual o sentimento que tínhamos.

Mais recentemente, talvez devido à saudade, coloco na playlist “Vem ter comigo aos Aliados” de Pedro Abrunhosa, porque amo a cidade do Porto e sei o que é ser encantado por essa cidade mágica.

Por último, dei por mim a gostar imenso de Imagine Dragons e existe uma canção que é repetidamente passada em casa ou no carro e que todos sabemos de cor – “Bones”, música que os meus filhos chamam de “Ya Ya”.

Não é a playlist mais variada, mas tem um resumo das músicas que mais me marcaram ao longo da minha curta vida! Espero que gostem.”

PLAYLIST de João Poças

1. Queen – Bohemian Rapsody
2. Black Company – Nadar
3. Zucchero – Senza una Donna
4. Red Hot Chili Peppers – Under the Bridge
5. Jamie Cullum – These are the days
6. Rui Veloso – Porto Sentido
7. Kirk Franklin – My Desire
8. Lenny Kravitz – Fly Away
9. Coolio – Gansta’s Paradise
10. Pink Floyd – Wish you were here – versão tocada pela Dave Mathews Band
11. Freddie Mercury e Montserrat Caballe – Barcelona
12. Vangelis – Conquest of Paradise
13. Walk the Moon – Shut Up and Dance
14. Sting – Every Little Thing She Does is Magic
15. Bon Jovi – Do What You Can
16. Pedro Abrunhosa – Vem ter comigo aos Aliados
17. Imagine Dragons – Bones

Gabinete Alumni da Talent Unit da FEUP em parceria com a Engenharia Rádio.