“Alumni a dar música” é uma rubrica musical em formato Podcast do Gabinete Alumni da Talent Unit da FEUP em parceria com a Engenharia Rádio que traz todos os meses as escolhas musicais dos nossos Alumni. Na 20ª edição do “Alumni a dar música” temos a escolha musical da alumnus Diana Lopes.

Diana Lopes

Engenharia Civil (2007)

Deputy Project Manager na VAMED

A “coleção de memórias” de Diana Lopes

“Cresci com a música sempre em pano de fundo… Fazer uma pequena playlist, confesso que não foi nada fácil… os estilos, as batidas, as bandas, podíamos estar aqui horas… e estive horas a tentar reduzir. Comecei com lado A e lado B, como as K7 antigas, para depois divagar na grande playlist, aqui vai uma versão mais compilada.
Desde pequenina gostava de ‘assaltar’ a aparelhagem e gira-discos do meu pai. Como ele não achava grande piada, com medo que eu estragasse as agulhas, lá me deu um rádio gravador vermelho bombeiro para eu o deixar em paz.
Mas paz não teve, porque eu gravava as cassetes e quando viajavamos de carro queria ouvir a minha música. Até que um dia chegou o walkman… e passou a ser o melhor amigo… mas no carro, depois de muitas tentativas voltamos ao rádio, e às minhas cassetes, e mais tarde o CD. Ouvir-me a cantar era mais penoso que as minhas K7’s a tocarem. A única regra era música que todos gostassem. Onda Choc ou Ministars estava proibido.
Desde o meu primeiro vinil, Paul McCartney com a “We all stand together”, cada vez que os “sapinhos” tocavam na televisão era uma alegria. Dos “sapinhos”, para os Fab Four a olhar pela janela do carro ao som “Moonshadow” do Cat Stevens.
Bryan Adams e Phil Collins, foram os meus primeiros CD’s… mais uma história para contar ao pequeno almoço. Depois de muitas tentativas, não sucedidas, a tentar carregar no botão REC do gravador para apanhar a música de início, sem cortes e sem nenhuma alminha a falar, lá recebi as duas prendinhas numa bela tarde dos anos 90. Quase que fiquei sem elas a seguir, primeiro por causa do botão repeat, depois… reza a história que passei a noite a cantar o “everything i do”, não chegava estar bastante afinadinha ainda se diz que só sabia o refrão! (não me lembro de ouvir nadinha, hahah).
O gosto pelo rock surgiu na descoberta de músicas para poder ouvir com os meus pais. Depois de colecionar os “oldies” todos, encontrei as relíquias, até então escondidas, dos vinis dos Pink Floyd, Led Zeplin, Queen e U2.
Em 1995 fiquei agarrada à aparelhagem a escutar o concerto dos Bon Jovi, em Alvalade. Tinham diagnosticado Alzheimer a minha avó, como todas as doenças, esta era uma situação delicada pois não podia ficar sozinha e precisava de cuidados, e os meus pais não podiam ir comigo.
Mas uns anitos mais tarde, no Parque da Bela Vista, as 3 horas de concerto, o sorriso da banda pela plateia dedicada, valeu a espera.
Uma das minhas bandas de eleição são os U2. O primeiro concerto a sério que assisti em 1997, uns dias antes de chegar à FEUP, onde a praxe já tinha começado, mas a troca era inevitável. Se em casa U2 soava bem, ao vivo confirmaram que são uns génios.
As longas filas de trânsito de e para a FEUP foram sempre acompanhadas de música. Recordo, na FEUP antiga, os programas de rádio, que partilhava com uma amiga, e que tanto adorávamos preparar, e o famoso FEUP café. Tantas voltas demos ao edifício Central nos Bragas ao som do Roy Orbinson e dos Violent Femmes. Que saudades…
Do rock e pop para a house music nas minhas playlists diárias… das festas em casa dos amigos no secundário e faculdade, onde Radioheah, INXS e Depeche Mode não podiam faltar, das noites de queima, das Quintas-feiras no Estado Novo aos Sábados do Via Rápida e da Vogue. Desta altura recordo a música dos Daft Punk, “One more time”, que na altura foi um sucesso. Cheguei a comprar o CD single, ouvir as versões todas da mesma música sem parar.
Agora em África a descoberta musical continua, misturam de tudo um pouco com uma diversidade imensa, influenciados pela religião, política, UE e Europa. Na playlist, como bónus, deixo duas músicas, uma do Gana, com um dos estilos mais populares e uma da Nigéria, de um cantor e compositor que se tem revelado um dos artistas africanos mais bem-sucedidos.
Uma das coisas que sinto mais falta é de ir a concertos, a distância não ajuda, mas mesmo assim já houve umas escapadelas para Pearl Jam, Coldplay, U2 (claro), Muse, Rolling Stones…
Sem divagar mais no tempo aqui vai uma coleção de memórias…

PLAYLIST de Diana Lopes

1. Paul McCartney – We all stand together
2. Cat Stevens – Moonshadow
3. Roy Orbinson – Pretty woman
4. Bryan Adams – Everything I do
5. Aha (Acoustic MTV Unplugged) – Take on me
6. Ks Choice – Not an addict
7. High and dry – Radiohead
8. Violent Femmes – Blister in the sun
9. Depeche mode – Personal Jesus
10. Queen – Bohemian Rapsody
11. U2 – Still haven’t found what I’m looking for
12. Coldplay – The Scientist
13. Mystify – INXS
14. Bon Jovi – I’ll be there for you
15. Daft punk – One more time

Bonus track

16. Burna Boy – wetin man go do
17. Fuse ODG & ITZ Tiffany – Azonto

Gabinete Alumni da Talent Unit da FEUP em parceria com a Engenharia Rádio.