O impacto do plástico na vida marinha – uma iniciativa da Ordem dos Engenheiros
Foi inaugurado ontem, dia 11 de junho, na Praça de Metro da Trindade, uma escultura com cinco metros de diâmetro e três de altura que promete não deixar ninguém indiferente.
Trata-se de um caranguejo, criado a partir de garrafas de plástico usadas. O objectivo, segundo a Ordem dos Engenheiros – Região Norte (OERN), mentores do projecto, é alertar para o impacto dos plásticos de uso único na vida marinha.
Para a execução da escultura foram convidados Xandi Kreuzeder e João Parrinha, membros do projecto Skeleton Sea. O grupo trabalha exclusivamente com destroços e resíduos, com o objetivo de promover a consciencialização ambiental e transmitir uma forte mensagem em torno de uma causa comum: manter o oceano limpo. Os convidados contaram com o apoio da Federação Académica do Porto, das associações de estudantes da FEUP e ISEP, da associação FOCA e da Lipor. As associações conseguiram recolher as 5 mil garrafas de plástico, agora, transformadas em arte.
Para além da inauguração da escultura, o dia, dedicado pela OERN à reflexão sobre o “plástico de uso único” e ás suas consequências, contou ainda com uma conferência, na sua sede, onde empresas e entidades de referência debateram os avanços na redução da utilização deste tipo de plásticos e as suas alternativas.
Joaquim Poças Martins, presidente da OERN, alertou, em declarações ao Público, que foi “a própria engenharia que permitiu a invenção dos plásticos, por isso também tem de permitir a obtenção de alternativas”, tendo bem presente o rumo a seguir: “O que não é reutilizável tem que ser redesenhado ou substituído. Portanto a questão agora não é ‘se’, mas sim “quando.”.
O plástico é, actualmente, o inimigo número um dos oceanos e, estudos apontam para que, se nada for feito, em 2050 haverá mais plásticos do que peixes no mar. Uma simples palhinha descartável precisa de até 500 anos para se decompor no mar. O plástico fica, e nós? Vais fazer a tua parte?
Fica assim, mais um desafio para o futuro, em prol da sustentabilidade!
Miguel Pereira
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