Letra Harvest Fest – A comunhão entre a música e a cerveja
Foi no passado fim-de-semana, 24 e 25 de agosto, que se realizou mais uma edição do Letra Harvest Fest, organizado pela cerveja LETRA. Uma conjugação entre a cerveja artesanal, a gastronomia e a música, em dois dias repletos de atividades para os participantes. Este ano a organização providenciou também campismo gratuito para quem quis pernoitar em Vila Verde e participar nos dois dias de festival.
O primeiro dia contou com a produção da cerveja Y.M.C.Ale, uma colaboração entre a cerveja LETRA e a cerveja Musa, um jogo de futebol, um jantar de harmonização e concertos que animaram a noite dos visitantes da Letraria, o espaço utilizado para a produção que funciona simultaneamente como brewpub. A noite contou com as atuações de CAN CUN, Omodo e DJ Set The New Party Makers.
No segundo dia, 25 de agosto, iniciou-se por volta das 10h30 a colheita do lúpulo, o Cascade Minhoto que vai ser utilizado para produzir a cerveja LETRA Harvest&Friends 2018. Eram muitos os participantes que se viam já pela manhã em Braga, entusiasmados com a colheita e produção da cerveja. Após uma breve explicação acerca da plantação, iniciou-se a poda e a recolha da planta que, tradicionalmente, se junta ao malte, à água e à levedura na fabricação da cerveja. Por volta da hora de almoço já todo o lúpulo tinha sido apanhado, após algumas horas repletas de convívio, animação e momentos de companheirismo.
No espaço interior da Letraria ocorreu a apresentação da Sidra 100% maça. Pelo final da tarde a atuação de concertinas Joaquim Torres “Quim & Amigos” veio animar aqueles que tinham acabado de chegar do Trail. Um evento de organização conjunta entre a cerveja LETRA e o grupo Vila Verde a correr, que promoveram a realização de uma corrida de 15 km pela vila. Ao contrário do que seria de esperar, não suficientemente cansados com a corrida, os participantes dançaram ao som das concertinas e proporcionaram-se momentos de muita animação.
Gobi Bear foi a primeira atuação da noite. Indubitavelmente um dos bons valores da música portuguesa a surgir nos anos mais recentes. O projeto a solo de Diogo Pinto, proveniente de Guimarães, trata de dar especial destaque à guitarra e à sua pedaleira, com loops típicos de uma one man band, complementando-a com uma voz suave e múltiplas camadas instrumentais. Com o seu mais recente trabalho “Our Homes & Our Hearts”, de 2017, saíram colaborações com artista nacionais como Surma, emmy Curl e Helena Silva.
A dar continuidade à noite estiveram os This Penguin Can Fly. Naturais de Braga, trio é constituído por Márcio Ferreira, Miguel Azevedo e José Gomes, e também por um pinguim de peluche que certamente os acompanha em todas as suas viagens. Mudando de estilo musical relativamente ao concerto anterior, o rock progressivo e post rock deste grupo deu vida a Vila Verde com o seu novo álbum “Caged Birds Think Flying is a Disease”.
Os Baltik Porter fecharam os concertos seguindo o mote “Craft Music for Beer People”. A banda, criada em agosto de 2016, iniciou o espetáculo pedindo a todos os presentes para se aproximarem do palco e para cantarem com eles as suas músicas dedicadas exclusivamente à cerveja artesanal, com o seu álbum mais recente “Cerveja Artesanal Salva Portugal”. Sempre com interações com o público e explicações acerca do conteúdo das letras, tocaram temas como “Fermentação Espontânea” e “I.B.U.” que animaram o público e fizeram com que ficasse um ambiente confortável no espaço exterior da Letraria, criando harmonia entre todos os amantes de cerveja. A fechar o festival esteve presente o DJ Set PI – Pedro Ferreira.
Rita Moura e Carlos Silva
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