Reportagem Elétrico – Porto Music Experience 2018
No passado fim-de-semana, entre os dias 20 e 22 de julho, o parque da Pasteleira na zona ocidental da Invicta recebeu o Elétrico, um festival de música eletrónica de três dias dedicado à boa disposição e tranquilidade.
Tendo como slogan “A festival that makes your energy flow“, os dançarinos do Elétrico foram absorvidos pelo equilíbrio de elementos da natureza como o verde do relvado do parque, o sol intenso que se fazia sentir e a água do lago, rio e mar. A juntar a isto, era frequente a passagem de aviões e com isto vai a imaginação e a viagem e traz sentimento e energia positiva a um evento que juntou algumas centenas de pessoas numa primeira edição que pôs água na boca.
De facto, sentia-se um bem estar pelas sonoridades criteriosamente escolhidas pelos artistas convidados. Do House ao Techno, do Funk ao Disco passando pelo Jazz, Soul, Hip-Hop e Reggae havia a clara noção da harmonia e estabilidade entre a música e o meio envolvente que era necessário ter para dar a melhor experiência aos espetadores.
No primeiro dia tocaram os portugueses João Semedo e Gustavo, assim como o uruguaio Nicolas Lutz, o londrino Call Super, o House de Chicago de Delano Smith e a irreverência e intensidade da igualmente habitante de Chicago Honey Dijon. Pelo seu House, houve vozes que indicaram Delano como artista a encerrar o dia, mas Honey Dijon fez jus à sua reputação e atiçou os bailarinos que se deixaram ficar para o fim.
A abrir o segundo dia, além dos regulares portuenses Diana Oliveira e Vasco Valente, juntaram-se os lisboetas André Cascais e João Maria. Depois foi possível presenciar o minimal de artistas como o japonês Fumiya Tanaka, os romenos SIT (Cristi Cons e Vlad Caia), o alemão Thomas Franzmann ou ZIP e o romeno Rhadoo. A terminar, tal como no dia anterior, a suiça Sonja Moonear incendiou os bailarinos do parque da Pasteleira.
Por fim, o último ficou marcado pelo cancelamento de Peggy Gou. Ficou de regressar ao Porto para compensar a sua desmarcação. Ainda assim, o dia começou com João Tenreiro, a seguir o ecletismo de Mafalda e Nightmares on Wax, a história musical de Larry Heard aka Mr. Fingers e a terminar o capitão Rui Vargas.
Numa organização muito bem conseguida entre a agência RDZ, o Indústria e a BySide, ficou claramente a sensação que foi a primeira edição de muitas a realizar nos próximos anos. É de realçar os apoios e parcerias que estiveram presentes no recinto como a Porto., Absolut, Beefeater e Mupi Gallery (Maus hábitos) que em muito fortificaram a estrutura e arranque do primeiro Elétrico.
Mário Rocha
You must be logged in to post a comment.