Nem só de talento vive um desportista. Jorge Silvério afina a componente psicológica, tendo integrado a equipa técnica da seleção de futsal no Europeu.

Desde pequeno imaginou uma carreira distribuída entre a psicologia e o desporto. Após se ter licenciado em Psicologia no Porto, foi ao estrangeiro tirar uma pós-graduação em Desordens da Ansiedade e do Humor pelas Universidades de Maastricht e Oxford. De regresso, tornou-se no primeiro mestre português em Psicologia do Desporto, sendo também doutorado nesta área.

Jorge Manuel Amaral Silvério é o convidado da décima segunda edição do Quarto Árbitro. Em estúdio defendeu que o desporto nacional tem elevada margem de progressão. Aliás, basta pensar que “a maior parte dos clubes e atletas ainda não trabalha com psicólogos”. Uma exceção a essa tendência foi a conquista do Europeu de futsal. O psicólogo de 50 anos trabalha há dois anos com a seleção das quinas e viveu de perto o sucesso obtido em território esloveno.

Sobre o futebol português, Jorge Silvério considera que a instalação de um clima de crispação “pode prejudicar o rendimento desportivo dos jogadores”. Como antídoto sugere a “educação desportiva”, em detrimento de meras punições.

Entre 2009 e 2013, o psicólogo foi o primeiro Provedor do Adepto da Liga Portuguesa de Futebol Profissional. Desde então coordena os Oficiais de Ligação aos Adeptos da Federação Portuguesa de Futebol, que estabelecem um papel de “interlocutor” entre vários agentes desportivos.

Nesta edição pode ainda escutar uma antevisão da luta pelo acesso ao campeonato português da próxima temporada, à boleia da rubrica “Olheiro”.

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