Jogou, treinou, dirigiu e comentou andebol. Figura incontornável da modalidade em Portugal, Jorge Tormenta acrescentou dinâmica ao desporto escolar do Colégio de Gaia.

Na adolescência descobriu vocação para liderar. Fez-se mestre em Ensino de Educação Física e Desporto e dá aulas desde 1972. Quase cinco décadas depois constitui-se como a referência do desporto escolar do Colégio de Gaia, sobretudo por causa dos títulos conquistados no andebol feminino português.

Jorge Manuel Brito Tormenta é o convidado da décima primeira edição do Quarto Árbitro. O antigo diretor-técnico da Associação de Andebol do Porto acredita que “o andebol na Europa está em franco desenvolvimento”, pelo que continua a faltar a aproximação de países de outras latitudes face ao Velho Continente.

No caso nacional, o professor considera que o andebol masculino “está num passo evolutivo”. Alguns atletas têm sido contratados pelos melhores clubes europeus, gerando “reflexos numa seleção” que se prepara para disputar o play-off de acesso ao Mundial. Ainda assim, realça que as diferenças de género continuam a imperar.

As dificuldades logísticas têm superado, na opinião de Jorge Tormenta, as resmas de talentos visíveis no setor feminino. “Não conseguimos ver reflexos positivos na seleção nacional A depois de ter tanta positividade nas seleções jovens. É um problema que passa por haver profissionalização que consolide as jogadoras a fazer uma opção pelo andebol”, defende, acreditando que o Colégio de Gaia vai revalidar os títulos conquistados na última temporada.

Nesta edição, a rubrica “360 Graus” repassa os dez anos de uma mulher na presidência do Leganés. Por sua vez, o “Mês à Lupa” antecipa o regresso de Miguel Oliveira às pistas do Moto2.

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