Fez mestrado com uma tese sobre o futebol durante o salazarismo. Pouco tempo depois, David Guimarães saiu da academia para desconstruir a modalidade em forma de comentário.

Não é jornalista de profissão, mas revela-se apaixonado pelo espaço mediático. David Guimarães é o protagonista da nona edição do Quarto Árbitro. Em estúdio repassou uma carreira que arrancou no Jornal Universitário do Porto e teve auge enquanto analista do Público e comentador do Porto Canal. “A minha base é a escrita”, confessa, admitindo que as plataformas audiovisuais geram mais entusiasmo.

Com forte pendor pela componente social do desporto, David guiou o percurso académico à volta da história do futebol. Especificamente, compôs, com a chancela da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, uma dissertação de mestrado sobre a vivência da modalidade durante o regime salazarista. “As pessoas desprezam muitas vezes o futebol, mas não têm noção da complexidade do fenómeno”, nota. “Podemos pegar pelo futebol de muitas formas”, até porque, reforça, se trata de “uma arte, ainda que de uma forma inconsciente”.

Nos últimos tempos, David Guimarães tem comentado os jogos do FC Porto para a Rádio Portuense, em articulação com os textos que vai publicando no Portal dos Dragões. Tem como referência Luís Freitas Lobo, que, na opinião de David “trouxe a cientificidade do futebol para a comunicação social”. Só não concorda que os analistas não possam assumir de forma livre o seu clube.

A nona edição do Quarto Árbitro abre ainda espaço para duas rubricas. O “360 Graus” foi espreitar a preparação inusitada da Arábia Saudita para o Campeonato do Mundo da Rússia. Por sua vez, o “Mês à Lupa” lança os dados acerca dos mundiais de atletismo em pista coberta.

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