Quarto Árbitro #26 – Cândido Costa
No passado rendeu-se à pedagogia de Mourinho e ao detalhe de Jorge Jesus. Três épocas depois de ter pendurado as botas, Cândido Costa admite que ficou “impressionado” ao treinar mulheres.
Todos lhe reconheciam talento na formação. Ainda miúdo, Cândido Costa quis mostrar qualidades nas Antas. “Não me deixaram treinar”, lamenta. Aos 15 anos trocou o sossego de São João da Madeira por uma vida agitada na capital. Foi campeão de juniores no Benfica e capitaneou as quinas no Europeu de sub-18.
Sem explicação, o antigo médio foi dispensado da Luz em 1999. Seguiu então até Vidal Pinheiro, em trânsito para o clube azul e branco. Por lá conquistou um campeonato, duas Taças de Portugal e uma Taça UEFA e conheceu José Mourinho, “o maior pedagogo” que alguma vez viu no futebol.
Entre 2006 e 2010 esteve pelo Restelo, coincidindo com a passagem de Jorge Jesus pelo comando técnico do Belenenses. “É um monstro do treino. Vive aquilo intensamente e não consegue estar fora do clube. Até gosta mais do clube do que da família”, frisa Cândido, que terminou a carreira em 2015 com as cores da Ovarense.
Pouco depois aceitou continuar no emblema aveirense para treinar a equipa feminina. As primeiras impressões justificaram uma escolha acertada, até porque as meninas fizeram reanimar “a paixão” pelo jogo. Esta temporada, o treinador de 36 anos foi para Oliveira de Azeméis à procura de novos objetivos com as mulheres do Cesarense. Sem esquecer a contribuição televisiva no Porto Canal, um atestado ao portismo de uma vida.
As histórias da oitava edição do Quarto Árbitro prosseguem nas Caldas da Rainha. O “Olheiro” conta como um misto de estudantes, professores e engenheiros rubricam o certificado de equipa-sensação da atual edição da Taça de Portugal.
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