Nomeações para os Óscares 2017
por Rita Costa Marinho
Depois da edição rodeada de polémica racial de 2016, temos uma nova lista de nomeados para os Oscars da Academia, e La La Land, o filme do realizador Damien Chazelle, pode fazer história. Nomeado para 14 estatuetas da Academia em 13 categorias (visto ter duas músicas em nomeação na categoria de Melhor Música Original) o filme equivale o mesmo número de nomeações de “Titanic”, em 1998, e de “All About Eve” de 1950. Apontado para Melhor Filme, encontra-se no mesmo barco que Moonlight ,Manchester by the Sea, Fences, Hidden Figures, Hacksaw Ridge, Hell or High Water, Lion e Arrival.
Na categoria de Melhor Actor principal encontramos Casey Affleck, Ryan Gosling, Denzel Washington, Andrew Garfield, e para supresa de muitos, Viggo Mortensen, pela sua fantástica interpretação em “Captain Fantastic”. Nas senhoras, Emma Stone, Ruth Negga ( a Tulip de “Preacher”), Natalie Portman, e, mais uma surpresa, Meryl Streep, encabeçam a categoria de Melhor Atriz principal. Falta mencionar Isabelle Huppert, que traz para o filme “Elle” a sua única nomeação. Nomeados para Melhor Actor Secundário temos Michael Shannon, Dev Patel, Lucas Hedges, Jeff Bridges e Mahershala Ali, enquanto que Naomi Harris, Nicole Kidman, Octavia Spencer e Michelle Williams são as nomeadas para Melhor Actriz Secundária. Viola Davis, também nomeada nesta categoria, fez história ao ser a primeira mulher negra com três nomeações para os Oscars.
Arrival, Manchester by the Sea, “Moonlight, La La Land e Hacksaw Ridge são os nomeados para Melhor Realização.
No Argumento Original temos nomes como Hell or High Water, La La Land, The Lobster, Manchester by the Sea e 20th Century Women, e no Argumento Adaptado estão nomeados Arrival, Fences , Hidden Figures, Lion e Moonlight.
Na categoria de Melhor Filme Estrangeiro encontramos Land of Mine, A Man called Ove, The Salesman, Toni Erdmann e Tanna, sendo com algum espanto que se percebe a falta de Elle, vencedor do Globo de Ouro na mesma categoria.
A obra Silence de Martin Scorsese parece ter sido posta de parte pela Academia, tendo apenas recebido a nomeação para Melhor Fotografia, juntamente com Arrival, La La Land, Moonlight e Lion.
Estando ou não de acordo com estas nomeações, podemos afirmar, a pés juntos, que 2016, por muito mau que tenha sido noutras áreas, foi um ano incrível para a sétima arte. Tanta qualidade, tantas culturas por descobrir, tantas histórias para contar. O cinema é a arte por excelência do século XX ,e atrevo-me a dizer, do XXI. E é a arma mais poderosa que temos na comunicação de massas, tal como a televisão. Ver cinema, do mais variado género e autor, enriquece o nosso intelecto e faz-nos pensar. Pensar com “P” grande, questionar aquilo que nos rodeia, e enfraquecer o nosso medo do desconhecido, tais como as nossas barreiras ideológicas e culturais. Ajuda-nos a ser melhores, a compreendermo-nos melhor, e não a construir Muros, onde eles não fazem sentido.
E da Arte, na minha opinião, não podemos pedir mais nada.
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