Alunos universitários contra o pagamento de propinas
Associações académicas reclamam a gratuitidade do ensino superior público
No passado fim de semana, várias organizações estudantis de ensino superior juntaram-se num encontro nacional protestando contra o pagamento de propinas e, sobretudo, a subida das mesmas para 1063 euros já neste ano letivo.
Segundo o documento lançado pela Associação de Direções Associativas, a que teve acesso a Agência Lusa, os estudantes acreditam que, em prol de “uma sociedade mais justa e desenvolvida”, o acesso ao ensino superior não deve ser uma questão económica.
Pode ler-se também, no mesmo comunicado, que “simultaneamente por toda a Europa, as propinas têm sido abolidas ou reduzidas, inclusivamente em países com uma realidade socioecónomica idêntica à do nosso”.
Agora, com mais apoio parlamentar
Com o intuito de resolver este problema, o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda fez já chegar à Assembleia da República um projeto de resolução. Neste documento, apresenta números relativos à posição de Portugal nos rankings de financiamento público ao Ensino Superior da União Europeia e da OCDE retirados do relatório “Education at a Glance”, de 2015. Portugal é o país com menos investimento governamental (54%), ficando muito atrás das médias da comunidade europeia (78,1%) e dos países da OCDE (69,7%).