Mão Morta + Remix Ensemble em produção do Theatro Circo !
Em Abril de 2016 o Theatro Circo chega à fase final de um ano de celebração do “Século do Theatro” e assinala o momento com uma produção própria que junta a mítica banda bracarense Mão Morta ao Remix Ensemble da Casa da Música.
Com arranjos de Telmo Marques, o concerto inédito que passa em revista uma seleção de temas dos Mão Morta tem estreia marcada para 15 de Abril na Sala Principal do Theatro Circo (21h30) e, de seguida, avança para uma minidigressão nacional com datas em Coimbra (Convento de São Francisco, 16 abril), Lisboa (Aula Magna, 18 abril) e Porto (Casa da Música, 19 abril).
Com igual destaque em palco, Mão Morta e Remix Ensemble vão percorrer os trinta anos de carreira da banda de Braga através de um conjunto de 12 temas criteriosamente escolhidos para este concerto que será único também no percurso do agrupamento de música contemporânea da Casa da Música.
«Tentamos privilegiar as músicas que, na nossa opinião, mais serão enriquecidas com o toque de contemporaneidade que o Remix Ensemble transporta sempre», explica o baterista dos Mão Morta, Miguel Pedro. «Nada de best off dos Mão Morta. Temos temas que não tocamos há muito mas que faz sentido fazer renascer para este espetáculo», reforça.
Com Mão Morta & Remix Ensemble, o Theatro Circo regressa às produções em estreita colaboração com os Mão Morta depois de, em 2007, ter acolhido “Maldoror”. Resultado de uma produção conjunta entre o Theatro Circo e “Imetua – Cooperativa Cultural”, o espetáculo estreou com duas noites de lotação esgotada cuja gravação deu ainda origem ao lançamento do duplo álbum homónimo. O espetáculo Mão Morta & Remix Ensemble conta com o apoio da RTP e da Antena 3
Sobre Mão Morta e Remix Ensemble
Com estreia em palco no Orfeão da Foz, no Porto, em Janeiro de 1985, os Mão Morta deram origem, desde os primeiros momentos, a um clima de culto que se desenvolvia em torno da banda, designadamente das performances e do carisma de Adolfo Luxúria Canibal.
Editado em 1988, o álbum homónimo de estreia da banda marca o início de um percurso caracterizado por um sucesso e reconhecimento crescentes, o que se refletiu, entre muitos outros fatores, nas primeiras partes de bandas estrangeiras como Nick Cave & The Bad Seeds, Wire, Young Gods ou Jesus & Mary Chain. Ao longo de mais de três décadas de existência assinaladas pelo lançamento de mais de uma dezena de álbuns originais, por colaborações em várias coletâneas e por atuações nos mais prestigiados festivais e espaços nacionais e internacionais, os Mão Morta viram o seu trabalho reconhecido através, não só da aclamação do público e da crítica, como também pela atribuição pelo então jornal “Blitz” do “Prémio Carreira em 2000” ou pela inclusão de Adolfo Luxúria Canibal, em 2003, na lista d“As 50 Personalidades Mais Importantes da Cultura Portuguesa” do semanário “Expresso”.
O Remix Ensemble, que neste concerto conta com direção musical de Pedro Neves, é o agrupamento de música contemporânea da Casa da Música. Desde a sua formação em 2000, já apresentou em estreia absoluta mais de oitenta e cinco obras.
No plano internacional apresentou-se em Valência, Roterdão, Huddersfield, Barcelona, Estrasburgo, Paris, Orleães, Bourges, Toulouse, Reims, Antuérpia, Madrid, Milão, Ourense, Budapeste, Norrköping, Viena, Witten, Berlim, Amesterdão, Colónia, Zurique, Hamburgo, Luxemburgo e Bruxelas, incluindo festivais como Wiener Festwochen e Wien Modern (Viena), Agora (IRCAM – Paris) e Printemps des Arts (Monte Carlo). Entre as obras interpretadas em estreia mundial incluíram-se duas encomendas a Wolfgang Rihm, o concertino para piano Jetzt genau! de Pascal Dusapin no programa de encerramento do Festival Musica de Estrasburgo, Le soldat inconnu de Georges Aperghis (uma encomenda da ECHO), Da capo de Peter Eötvös e a ópera Giordano Bruno de Francesco Filidei, apresentada no Porto, Estrasburgo, Reggio Emilia e Milão. Fez a estreia mundial da nova produção da ópera Quartett de Luca Francesconi, com encenação de Nuno Carinhas, apresentada no Porto e em Estrasburgo. O Remix tem doze discos editados com obras de Pauset, Azguime, Côrte-Real, Peixinho, Dillon, Jorgensen, Staud, Nunes, Bernhard Lang, Pinho Vargas, Wolfgang Mitterer, Karin Rehnqvist, Pascal Dusapin, Luca Francesconi e Unsuk Chin. A prestigiada revista londrina de crítica musical Gramophone incluiu o CD com gravações de obras de Pascal Dusapin, pelo Remix Ensemble e a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, na restrita listagem de Escolha dos Críticos do Ano 2013.
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