ComicCon Portugal 2015 – Conferência de Imprensa (Dia 05, Sábado)

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Graças ao acesso de imprensa disponibilizado, e com muitos agradecimentos, pela organização da ComicCon Portugal, o Nome a Votar teve a oportunidade de assistir e perguntar a alguns dos convidados deste ano algumas perguntas de forma a elucidar o público acerca das suas carreiras e experiências como contribuintes para o Pop Culture.

Como primeiro contacto de Sábado de manhã, interagimos com a equipa de produção por detrás da adaptação cinemática mais recente do livro ”Principezinho” (Le Petit Prince) de Antoine de Saint-Exupéry. Disponibilizaram o seu tempo o realizador Mark Osborne, o argumentista Bob Persichetti e o actor Paulo Pires (a voz da Raposa na versão portuguesa do filme) e tiveram a simpatia de nos dar uma entrevista mais direccionada. Juntamente comigo (devido a economia de horários) estava Carolina Cláudio, da webzine Arte/Factos.

Nota: A entrevista está em Inglês.

 

Depois disto, a ronda de imprensa da tarde iniciou com a conferência centrada em Cameron Boyce, um jovem actor da Disney, mais conhecido pelo seu papel como Carlos, o filho da vilã Cruella de Vil, no filme ”Descendants” e, mais recentemente, como protagonista na série ”Gamer’s Guide to Pretty Much Everything”. Na conferência, o jovem actor esteve a falar acerca dos papeis que tem interpretado, a forma como se tem relacionado com eles, além de relatar como tem sido estranha a sua transição de desconhecido para estrela de televisão nacional. Também contou, em relação aos seus projectos mais bem conhecidos, acerca do seu filme Disney preferido (Mulan), o seu vilão preferido (Jafar, Rainha Grimhilde) e o seu videojogo preferido (NBA 2K16), alem de nos contar acerca da produção de ”Descendents” e a sua sequela futura.

A seguir, tivemos uma sessão com o realizador Leonel Vieira e o argumentista Tiago Santos, pertencentes à equipa de produção por detrás do remake de ”Leão da Estrela”, parte de uma trilogia re-imaginações de filmes de comédia portugueses clássicos que começou com o ”Pátio das Cantigas” e terminará com a ”Canção de Lisboa”. Nesta conferência os dois cineastas deram uma palestra franca acerca do significado e impacto do cinema no nosso país além de elucidar acerca da realidade portuguesa que afecta a produção cinemática nacional. Aparentemente, a indústria de cinema portuguesa depende imenso do incentivo do estado de forma a florescer e sustentar-se, levando a constrangimentos criativos económicos e até mesmo períodos de estagnação nesta área artística. Como tal, é fulcral dar apoio à produção nacional de forma a provar que existe a procura por este género de cinema que apela ao público geral português e que, possivelmente, possa resultar num panorama cinemático mais diverso. O realizador transmitiu a sua crença e vontade de permanecer e desenvolver o cinema português, acreditando na ideia de que o cinema será a arte pela qual será recordado o presente e o futuro próximo, pelo que é necessário dar vida à expressão portuguesa no cinema, além de reforçar que é necessário sustentar este tipo de cinema de forma a criar uma ligação cultural com público.

De forma a terminar o dia, tivemos o privilégio de interagir com o famoso actor John Noble, mais conhecido pela sua interpretação de Denethor no ”Lord of the Rings: Return of the King” e Walter Bishop na série televisiva ”Fringe”. Além de nos elucidar acerca das suas escolhas e adições como actor aos seus papéis (o que levou a um desenvolvimento mais extenso da relação familial nos seus dois papéis mais emblemáticos), também foi-nos contado o valor que ele dá à técnica por detrás do performance, a importância de método e o seu critério para a selecção de papéis, procurando, em ordem, uma boa história, uma personagem complexa e, por fim, um arco de história interessante para essa mesma personagem. Com a imprensa partilhou o seu ponto de vista perante a ideia de diferentes géneros de história, acreditando que esta é uma divisão falsa que não lhe tem valor e a sua ideia de que obras de fantasia permitem dar forma ao sonho e à imaginação enquanto que a ficção científica ajuda-nos a prever o futuro e refletir neste mesmo. Também foi-lhe perguntado qual a sua preferência em termos de médium para actuar e o seu papel preferido, pelo que respondeu que costuma preferir trabalhar em televisão e acredita que o seu papel como Walter Bishop foi o melhor na sua carreira devido à sua ligação instantânea com a personagem, além de nos revelar que gostaria imenso de poder interpretar o Rei Lear no palco um dia.

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