Review – Justice League of America (2015, Ongoing) #1
Esta nova série ‘’ongoing’’, publicada pela DC Comics, é escrita por Bryan Hitch, desenhada por Wade Von Grawbadger e Bryan Hitch, cores de Alex Sinclair com Jeromy Cox , letras de Chris Eliopoulos e capa de Bryan Hitch. Foi publicada a 17 de Junho de 2015.
Esta mais recente iteração das aventuras da Liga da Justiça abre com um planeta Terra em estado de desolação, enquanto um Superhomem, cansado e vencido, serve de testemunha final da sua destruição.
Com este plano de fundo, transitamos para os gabinetes do Daily Planet, onde Clark Kent recebe um convite de uma entidade designada Infinity Corporation, que inclui o pedido para se vestir apropriadamente. Kent apresenta-se no HQ da Infinity Corporation no seu traje de Superhomem, pois o convite continha uma pista que indicava que os responsáveis da empresa conheciam a sua identidade secreta.
Chegados a este momento, conhecemos o responsável pela Infinity Corporation e as suas experiências com dimensões paralelas, exprimidas numa sala cheia de versões mortas de Superhomens, extraídos das mesmas após a destruição do planeta Terra. À medida que vamos conhecendo estes pormenores, vai-se desenrolando um tenebroso plano em paralelo, visando criar problemas à Liga da Justiça.
Depois transitamos para as Nações Unidas, onde vemos o herói Aquaman (mais conhecido como Arthur Curry) a cumprir as suas funções como Chefe de Estado, dando garantias ao restantes líderes do Mundo de que a Atlântida não tem intenções de se tornar uma ameaça para a segurança colectiva da soberania da Superfície, após o que regressa à sua capital.
Depois deste ‘setup’, temos a primeira grande batalha desta série, na qual toda a Liga (com a excepção de Aquaman) defronta o vilão Parasite (mais conhecido por pertencer ao Rogues Gallery do Superhomem e ter poderes baseados em absorção e projecção de energia, tornando-se mais poderoso quanto mais poder absorver). Em consequência, metade da Liga desaparece misteriosamente, e a Atlântida é visitada por um profeta misterioso, Kal-El testemunha o retorno de uma figura importante de Krypton, a qual sempre havia sido relegada para o domínio do mito.
Este título é parte da mais recente onda de publicações do rebranding DC You e da filosofia da Criatividade sobre Continuidade. Pessoalmente, tenho prestado muita atenção ao título ‘Justice League’ escrito por Geoff Johns que tem sido excelente. Por isso, tenho estado reticente em ler mais uma série da JL, especialmente porque me desagrada o facto de a mesma ter América no fim, como se fosse dirigida exclusivamente ao mercado americano, quando JL tem um apelo internacional tão grande (mas, se calhar, se fosse americano talvez dissesse o contrário…). Arranjei o primeiro fascículo no Central Comics, e devo dizer que é uma excelente introdução para mais uma série com os meus heróis preferidos .
A arte do fascículo é mesmo colorida e dinâmica, algo que a permite distinguir do seu congénere que é um bocadinho mais mudo em termos de cor, com um muito bom balanço entre o detalhado e o ‘cartoony’. A capa mostra a equipa toda em poses dinâmicas a dirigir-se para um qualquer objectivo heróico. Não é nada de muito espetacular, mas é mais do que aceitável e apropriado para uma nova série com estas personagens (porém, pelo que percebo, existe uma 4-page spread na qual temos a equipa toda em combate com os para-demons de Darkseid).
A única coisa mais negativa neste fascículo é a atitude do Superhomem a meio da história, que parece ser demasiado agressiva para a personagem, mas, dado a situação irregular, talvez seja justificada. Também em comparação com o final, o resto do fascículo é mais setup do que outra coisa qualquer, e, com a excepção do Superhomem e do Aquaman, não temos muito das outras personagens, a não ser murros e uma indicações breves das suas personalidades. Esta última limitação eventualmente virá a ser resolvida com o decorrer da história em fascículos ulteriores. Mas, mesmo como fascículo introdutório, gostaria de ter tido algo mais intervenção dos restantes membros da equipa. Em suma, teria gostado que fossem personagens, não meros apêndices.
Concluindo, gostei imenso do ‘reveal’ final deste fascículo, que promete uma história imprevisível e interessante dentro do Universo DC, além de uma amostra de elementos relativos à civilização destruída de Krypton nunca antes explorados. Apesar de não ter considerado acompanhar esta série inicialmente, agora estou mesmo interessado em ver o que irá acontecer nesta aventura e irei acompanhar e partilharei convosco as minhas observações sobre esta série, pelo menos até ao final desta primeira fase da série.
Vérdito
4/5
Crítica escrita por Tiago Garcia
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