Review – Darth Vader (2015, Ongoing) #2
O Concílio de Moffs
O Julgamento de:
Darth Vader (2015, Ongoing) #2
Esta série ‘’ongoing’’ é publicada pela Marvel Comics, é escrita por Kieron Gillien (Über; The Wicked + The Divine), desenhado por Salvador Larroca (Namor Miniseries; X-Men: No More Humans), cores de Edgar Delgado , letras de VC’s Joe Caramagna e capa de Adi Granov. Foi publicado a 25 de Fevereiro de 2015.
No seguimento do final em Tatooine do fascículo anterior, este próximo capítulo transporta-nos para o estágio de Vader com Almirante Tagge. A história abre com uma perseguição, na qual um transporte imperial é atacado por piratas. O confronto que se segue é bastante desequilibrado para os oficiais imperiais e a tripulação dá-se por perdida quando a nave pirata lança o golpe final de forma a terminar esta breve troca diplomática entre o Império e os Fora-da-Lei da Banda Exterior da Galáxia.
Felizmente (ou infelizmente para quem tiver que levar com as culpas), Vader aparece em grande estilo no seu icónico TIE X1 Prototype, salva o transporte e captura a nave pirata. Seguido disto, Vader encontra-se com Tagge e confirma que, de facto, o veículo pirata era automatizado como tinham suspeitado (algo que Vader, sendo ele grande parte automatizado, aprecia) e deduz que este piratas estão a ser bem fornecidos e, possivelmente, a desfrutar de informação de uma toupeira dentro da Frota Imperial.
Tagge concorda com parte das conclusões de Vader e aprecia a importância da eliminação desta fonte de preocupações para o Império neste sector, mas rejeita a hipótese de uma toupeira. A base disto deve-se à mentalidade mais matemática e estatística do estilo de comando de Tagge e justifica este aumento de ataques como consequência da destruição da Estrela da Morte (convenientemente o derradeiro projecto do seu falecido competidor Grand Moff Tarkin) e dentro dos parâmetros dos padrões estatísticos deste tipo de acontecimentos. Este ainda observa que os recursos investidos nesta ‘‘wunderwaffen’’ seriam melhor gastos na construção de mais Super Star Destroyers (o mais icónico destes tendo sido baptizado de Executor e serviu de Navio Almirante para Vader em ‘‘Empire Strikes Back’’) de forma a reforçar o poder da Marinha Espacial Imperial.
Vader critica a falta de visão de Tagge e a sua estatística e relembra o exemplo de Tarkin, pelo que este primeiro responde que é ele comanda esta operação e prossegue a explicação da sua estratégia realçando os méritos de investir na Frota que sempre mostrou resultados em vez de projectos grandiosos.
Depois desta troca de filosofias, Tagge e Vader discutem a missão para eliminar estes piratas, pelo que o Almirante encarrega o Senhor dos Sith de encabeçar esta operação e assegurar o seu sucesso. Porém, o Almirante tem uma condição, que Vader seja acompanhado de um oficial da sua escolha, neste caso o Tenente Oon-Hai, de forma a que este primeiro seja monitorizado e siga as suas ordens. Vader, naturalmente, detesta ter que dar justificações a um subordinado e avisa o jovem Tenente de forma a ter cuidado com o que faz durante esta inconveniente parceria (afina de contas este é o sujeito cuja fama consiste em estrangular oficiais imperiais com magia) e prosseguem para a organização da missão enquanto Vader prepara alguns trunfos de forma a utilizar mais para a frente.
Este mais recente capítulo na história de Darth Vader continua a adicionar à complexidade do Senhor dos Sith, contribuindo para reforçar a ideia de que este, além de ser uma figura imponente e intimidadora dentro das fileiras da Militar Imperial, é também um agente implacável e um mestre da paciência de forma a completar os seus objectivos. É interessante ver que Vader tem mais do que um truque por debaixo da manga para lidar com as diferentes pessoas que cruzam no seu caminho e utiliza-os de forma variada e adequada de forma a obter o que lhe mais convém. Também de notar que este fascículo estabelece uma nova fascinação que Vader tem pelas aplicações militares de androides, algo de interessante e flexível para um veterano da Guerra dos Clones e que irá abrir portas no futuro da narrativa.
A arte desta série continua a ser excelente, sendo bastante foto-realista e remanescente da estética da trilogia original, não recorrendo muito à estilização excessiva do ‘‘setting’’ ou das personagens. De notar que a capa mostra Vader em modo de ‘‘Posse Épica’’ à frente das tropas e quase parece que este está a desfilar numa exposição de moda à medida que os espíritos do vento diligentemente certificam-se que a capa esteja a voar o mais gloriosamente possível (para o concurso Senhor dos Sith Mais Fabuloso Edição 2015)
A única crítica que posso fazer advém do facto que, além de vermos Vader a ser o pesadelo de tudo e todos e a demonstrar os seus dotes militares, não parece haver aqui muito em termos de ‘‘payoff’’ a longo-termo e depois da excelente estreia que esta série teve, parece um bocado de um ‘‘downgrade’’ em comparação com o fascículo anterior. Tirando isso, este fascículo é mais uma forte adição à série do titular personagem e só me dá vontade de ler mais e descobrir o que o futuro reserva para este.
Édito do Concílio:
Julgamos Darth Vader #2 digno de receber
Medalhão de Serviço Imperial
(Muito Bom)
Crítica Escrita por Tiago Garcia
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