Nos passados dias 1 e 2 de Novembro, Sérgio Godinho apresentou um concerto de incrível bom gosto no Teatro Municipal Rivoli.

Entre jogos de luz cativantes e acompanhado de músicos excepcionais (a mesma linha que o acompanha há já alguns anos) Sérgio Godinho passou pelas várias décadas da sua carreira.
Relembrou clássicos dos quais não nos fartamos, como “Que força é essa” (do álbum de 1971, “Os Sobreviventes”), nalguns casos com uma nova abordagem. Também não deixou de homenagear outros grandes artistas da música de intervenção portuguesa, em especial Zeca Afonso, trazendo uma pequena surpresa que podem conhecer se passarem no dia 22 de Novembro no Coliseu em Lisboa.
Este artista de culto nacional conseguiu esgotar o Rivoli nos dois dias de concerto e sempre mantendo uma informalidade e intimismo característicos.

Foto de Egídio Santos

Para se juntar ao grupo em palco veio também a rapper portuense Capicua, interpretando a “Vayorken”, sua, e algumas outras músicas do Sérgio, como “Pode alguém ser quem não é” e como “Liberdade”, música que deu o nome a este espetáculo celebratório dos 40 anos de democracia e que foi renovada com algumas palavras de Sophia de Mello Breyner Andresen.

Foi depois da “Liberdade” que saímos do Rivoli, com a alma quente pelas duas horas vividas enquanto marchávamos para o frio da rua.

Foto de Jorge Gomes

Reportagem: Manuel Fernandes e Bernardo Bourbon