Foi neste Sábado, dia 28 de Junho, que os Brass Wires Orchestra apresentaram o seu primeiro disco no Porto, após um primeiro concerto de apresentação em Lisboa. Subiram ao “confortável” palco do Plano B, na movimentada baixa portuense e criaram um momento musical único, inovador e, acima de tudo, rodeado de um ambiente familiar. Após um incrível concerto na Queima das Fitas do Porto em 2013, este foi o primeiro regresso à Invicta.

Para quem não está ainda familiarizado, BWO é uma banda que se enquadra num género não muito habitual em Portugal, o Indie Folk. Uma combinação de instrumentos de sopro e cordas, tal como o nome da banda sugere, que consegue transmitir mensagens de alegria ou tristeza, sempre dependente da batida. As comparações com Mumford and Sons são inevitáveis, por se inspirarem no mesmo estilo musical, mas as semelhanças acabam aí. BWO destaca-se pela reforçada importância aos instrumentos de sopro e baseia-se numa percussão muito mais cativante.

O concerto foi algo que nem o público nem a própria banda estariam à espera. Um ambiente acolhedor, devido ao espaço, e com uma resposta muito positiva por parte do público, talvez fruto da qualidade musical, da simpatia ou da descontração da banda, foi criado um momento que ficou sem dúvida gravado na memória de todos. O Porto era até agora território praticamente desconhecido para os músicos, mas após encontrarem uma boa reação ficaram sem dúvida mais descontraídos. Entre temas mais calmos como “The Lost King” e temas mais alegres como “Finders Keepers”, sem tempo a perder, a banda tocou também alguns temas novos e que não estão incluídos neste primeiro CD, deixaram assim uma excelente notícia: novos projetos estarão para breve.

Concluindo, uma excelente banda que vai com certeza chegar muito longe no panorama nacional e quem sabe internacional. É com muito orgulho que se vê música portuguesa de alta qualidade ser criada, preenchendo muito bem a lacuna que existia neste género musical em Portugal.

Esperam-se mais visitas ao Porto!

Texto: Carlos Silva e Manuel Fernandes