Reportagem - Ramp 25 anos | Hard Club | 23.11.2013

Reportagem – Ramp 25 anos | Hard Club | 23.11.2013

As bodas de prata dos RAMP

2013 marca o 25º aniversário de uma das mais icónicas bandas de metal no activo, os RAMP. Muito mudou na banda, desde o alinhamento até à sonoridade, hoje mais madura, e esta série de espetáculos do norte ao sul do país pretendia ser uma celebração com os fãs. Não havia bilhetes no sentido tradicional – o ingresso era dado aos que comprassem o Best-Of editado em Novembro, e esperava-se uma grande noite.

Quando entrei, 5 minutos antes da hora do concerto, a sala 1 do Hard-Club estava surpreendentemente vazia. Felizmente, e à medida que a banda entrou em palco, alguma gente espalhada pelo exterior tomou o seu lugar, e o espectáculo iniciou-se com uma sala bastante bem composta, como os RAMP merecem.

Todos os elementos mostraram estar prontos e ter a energia esperada. As primeiras músicas, num alinhamento que visitou todos os álbuns editados, foram rápidas e sem grandes conversas nos interlúdios, até que o ritmo abrandou um pouco com a “Alone”. Aí, Rui Duarte começou a interagir mais com o público, até então algo tímido, com todos a mergulharem no momento. Voltou-se a acelerar, com clássicos como “Black Tie” e “All Men Taste Hell”, sendo também tocadas uma série de covers, desde a já habitual “Walk Like an Egyptian” até à “We’re Not Gonna Take It” de Twisted Sister, um dos pontos altos da noite. À semelhança do que terá acontecido nos outros concertos, o público foi convidado a sentar-se no início do encore, para a “For a While”, terminando a noite com a “Try Again”, com o público em apoteose. Cerca de 1h40 a reviver clássicos, num ambiente familiar, também vivido depois do espetáculo, com os membros da banda a dirigirem-se à parte exterior e a conviverem com os fãs e amigos que os esperavam.

Saí de lá satisfeito, mas não extasiado; esperava que tocassem mais tempo e mais músicas, com talvez menos covers e mais originais. Admito, no entanto, que grande parte desse sentimento se deve ao facto de há já muito acompanhar a banda, e há já algum tempo não os ver ao vivo. Fica uma noite de celebração, de diversão, de festa. Fica uma noite entre família. E fica o desejo de um rápido retorno aos palcos, por parte destes senhores do metal nacional.