1 º Dia – Optimus Primavera Sound. 07.06.12

hugo_lima_01O sol deu as boas vindas à primeira edição do Festival Optimus Primavera Sound nos Jardins do Parque da Cidade no Porto, onde tinhamos um cartaz promissor, o que levou muitas pessoas a virem de fora, pois dados da organização dizem-nos que mais de 50% dos bilhetes foram vendidos a estrangeiros, e neste dia passaram por lá 21 mil pessoas.

Ao final da tarde por volta das 19.30 entrou em palco Bradford Cox com o seu projecto mais intimista Atlas Sound.

A guitarra, a harmónica e uma quantidade infindável de pedais eram a base de Bradford para um concerto marcado por uma fusão electrónico-acústica, dado que assistimos a um jogo entre a guitarra e elementos electrónicos, onde nem sempre conjugavam de maneira tão coesa quanto isso,  pois tornava-se aborrecido a sua contante repetição e o ritmo extremamente lento.

Yann Tiersen é o senhor que se segue, e enganem-se quem pensar que o seu registo segue sempre a linha da banda sonora de “Amelie”, pois encontramo-lo bem longe disso como nos temas “palestine” ou “Amy” de “dust lane”, a seguir tocou “fuck me” e “monochrome” e “Ashes”, convidando-nos a uma viagem ao espaço com “the gutter”, e imprimindo toda a raiva no seu violino em “sur le fil”. Seguimos com “Le Train” e voltou ao brilhante “dust lane” com “chapter 19”, tocando “le quartier”, “monuments”, “vanishing point”, fechando com “exit 25 block 20” do mais recente “skyline”. Cumpriu assim desta maneira com uma banda de excelência um concerto bastante interessante, saindo com inúmeros aplausos e já sem chuva, pois tinha chovido um pouco aquando da entrada em palco. Em jeito de resumo, contemplou-nos com uma mistura das suas duas faces, uma mais espacial e outra mais sombria.

 

  A seguir tocavam os The Drums, as expectativas eram bem altas dado à sua popularidade nestes meios bem mais alternativos. O concerto começou com “best friend” do album “The Drums”, seguindo-se “me and the moon”, if he likes it let him to do it”, “book of stories”, “how it ended” até à tão esperada “money” de “Portamento” e fez com que o público reagisse de forma um pouco mais efusiva. Seguiram com “days” também do seu último álbum e protagonizam a meu ver o melhor momento do concerto. Continuaram com “i need a doctor”, “the future”, e “let´s go surfing” onde é bem notória a influência dos The Strokes em suas canções. Terminaram com “Down by the water” numa actuação morna e competente, deixando a sensação que faltava alguma coisa para que ficasse na memória de todos os presentes.

Hugo_lima_02 Os Suede entraram em palco pouco tempo depois dos The Drums. A multidão era imensa para ver esta tão emblemática banda, pois cada música que fosse tocada por eles, era conhecida por parte de todos, o que fez a meu ver com que fossem os grandes de todo o primeiro dia deste Primavera Sound. Brett Anderson e todo o resto da banda bem mais velhos que os tempos bem áureos dos Suede mas mesmo assim aparecem aqui com muita energia e com um alinhamento muito bem pensado, começando com “hollywood life” de “Dog Man Star” a prometer um concerto bem rock. Seguiram-se “trash”, “filmstar” e “animal nitrate” fez as delícias do público, retomando aqui ao início tão prodigioso de sua carreira. Depois e com um recorrer a um lado b “to the birds”, voltaram a “Dog Man Star” com “Wild Ones” com o lado melódico a impor um ritmo mais calmo. Depois “sabotage”, “she”,“flashboy” e a rockeira “can´t get enough” continuavam a mostrar uns Suede em forma, seguia-se “everything will flow” e era notória a devoção de Brett Anderson sobre suas melodias tão intemporais, tais como um vintage que fica bem mais aveludado e suave com o tempo. Os hinos “so young”, “metal mickey” antecedem a tão grandiosa “stay together” e a luz do palco deixa de estar presente (ficando apenas o contra luz da projecção). Tivemos tempo ainda para “new generation”, “beautiful ones”, seguindo-se no encore duas baladas “Saturday night” e “still life”, onde podemos dizê-lo de maneira bem clara que a vida não acaba para os Suede, bem pelo contrário, continuam a saber dar um grande espectáculo.

Os Mercury Rev seguiram-se, com  suas canções melódicas e com Jonathan Donahue a ser sempre aquele para onde todas as atenções ficam viradas, os temas “You’re My Queen”, “Tides of the Moon”, “Godess on the Highway” fizeram as delícias de um concerto morno e que teve uma tomada crescente, entre outras tocaram “Endlessly”, tema popularizado por um reclame.

Hugo_Lima_04De Brooklyn eram esperados os tão energéticos The Rapture, e de mau teve só a sua tão curta duração de aproximadamente 55 minutos, pois tinham material para que o público continuasse a dançar e a divertir-se durante mais tempo. Temas como “get myself into” acentuavam a forte influência funk nos seus registos, “house of jealous lovers” criou o êxtase no público dado à sua força arrebatadora, ainda do “Pieces of the People We Love” pudemos ouvir “don´t go do it”,  “Whoo! Alright Yeah…Uh Huh” e “the sound”, não se esquecendo de tocar “Miss you”, “in the grace of your love” ou o tão conhecido “how deep is your love?”. Em jeito de conclusão, foi um bom concerto, onde os Rapture provaram saber fazer a festa mas que pecou a meu ver pela sua tão curta duração especialmente para a última banda do dia a pisar o palco.

texto: Manuel Magalhães fotos: Hugo Lima/Optimus Primavera Sound

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O concerto começou com “best friend” do album “The Drums”, seguindo-se “me and the moon”, if he likes it let him to do it”, “book of stories”, “how it ended” até à tão esperada “money” de Portamento fez com que o público reagisse de forma um pouco mais efusiva. Seguiram com “days” também do seu último álbum regista o melhor momento do concerto, mas faz com que fiquemos com que poderiam ter sido mais devotos às suas músicas. “i need a doctor”, “the future”, e “let´s go surfing” continuaram a deixar-nos bem vincada a influência da música dos The Strokes, aqui e ali no meio de suas canções. Terminaram com “Down by the water” numa actuação morna e competente, deixando a sensação que faltava alguma coisa para que ficasse na memória de todos os presentes.

Os Suede entraram em palco pouco tempo depois dos The Drums. A multidão era imensa para ver esta tão emblemática banda, pois cada música que fosse tocada por eles, era conhecida por parte de todos, o que fez a meu ver com que fossem os grandes de todo o primeiro dia deste Primavera Sound. Brett Anderson e todo o resto da banda bem mais velhos que os tempos bem áureos dos Suede mas mesmo assim aparecem aqui com muita energia e com um alinhamento muito bem pensado, começando com “hollywood life” de “Dog Man Star” a prometer um concerto bem rock. Seguiram-se “trash”, “filmstar” e “animal nitrate” fez as delícias do público, retomando aqui ao início tão prodigioso de sua carreira. Depois e com um recorrer a um lado b “to the birds”, voltaram a “Dog Man Star” com “Wild Ones” com o lado melódico a impor um ritmo mais calmo.