Fantasporto 2012 – “Life In One Day”

Mark de Cloe – Holanda

 

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Um filme que mostra uma forma um pouco diferente de encarar a vida, o céu e até o inferno. Num mundo em que a vida só dura um dia e em que o inferno é a repetição dos momentos, dois jovens, Gini e Benny apaixonam-se e têm relações sexuais que, segundo a perspectiva, só serão aproveitadas uma única derradeira vez. Com vista a poderem repetir a experiência que tinham vivido (indo para o inferno), os dois cometem um homicídio, pelo qual são condenados à pena de morte. Mas, devido a um imprevisto, as duas personagens que pensavam que iam entrar no inferno juntas, desencontram-se. Todo o filme é sobre a busca de um pelo outro com o ecrã dividido em dois e com uma banda sonora invejável a acompanhar. O splitscreen foi perfeitamente desenhado, uma vez que os momentos importantes para o desenvolvimento do filme ocorrem em tempos diferentes, possibilitando ao espectador tomar atenção a cada pormenor.
Concluindo, é uma película com um elenco mediano que poderia ter abordado o tema de uma forma diferente e mais interessante, mantendo a ideia do splitscreen e do mundo num dia.
Catarina Silva

E se a nossa vida durasse um dia? E se tivéssemos apenas uma oportunidade para aproveitar o dia? É este o conceito de Life in One Day, do holandês Mark de Cloe. Ao espectador é apresentada uma realidade alternativa na qual os seres humanos vivem um dia, tendo, portanto, apenas uma oportunidade para experienciar os acontecimentos (e sentimentos) que marcam a nossa vida: ir à escola, o primeiro beijo, fazer amor, ver o nascer do sol, andar à chuva…
É quando dois apaixonados tentam fazer estes sentimentos durar que outra realidade é apresentada como “Inferno” (um mundo bastante semelhante ao nosso) no qual as sensações e acontecimentos podem ser repetidas vezes sem conta. Nesta nova realidade, e fazendo uso do split screen, acompanhamos os diferentes percursos e o desespero dos dois protagonistas na procura do amor que outrora existiu. Porém, esta demanda torna-se algo cansativa e previsível (com alguns clichés à mistura). No geral, a ideia é original e a fotografia e banda sonora do filme também ajudam a torná-lo interessante.

Carolina Caspa