Concerto de Darko na apresentação de “Borderline Personality disorder” no Hard Club
Tivemos que esperar um pouco pois para que não coincidisse com a hora exacta do concerto da outra sala (onde actuaram os Virgem Suta), logo começou um bocado mais tarde, mas nada que fizesse diferença o ambiente era bastante relaxado e as pessoas curiosas para ver o que o miúdo de outrora dos Fingertips tinha andado durante aproximadamente 8 anos a fazer, paralelamente a todos os outros projectos por onde passou, desde a moda, à escrita e claro sempre, mas sempre a música.
A entrada deu-se com pouca luz e as luzes vermelhas serviram de pano de fundo na primeira música “Not your fucking daddy”, onde é perceptível o poder da voz deste rapaz acompanhado com um piano em crescendo, transportando-nos desta maneira para um local sombrio.
Seguiu-se “Let it die” bem mais synth-pop, depois “Jesus Christ”, “Reading your head” e “Waterwalker” mostram o lado mais acústico do projecto, chegando a vez do primeiro single “Define Joy”, assumidamente pop, e aqui sim lembra-nos os grandes sucessos dos Fingertips, e aqui vemos realmente quem pensava o imaginário da banda.
“The weirdest place i´ve been” conjuga-se entre uma música cheia de cor, onde as influências da música Irlandesa são notórias, devido a toda a energia imposta por si mesma.
O regresso ao Estranho Mundo de Darko dá-se com “The Death”, onde nos diz que é dedicada à sua avô e ao seu arrependimento de não a ter acompanhado nos últimos dias de sua vida, dando lugar de seguida com a sua única música em Português “Para nunca mais acordar” que canta em dueto com Sandra Celas no disco, mas apresentando-a sozinho mostrando que é capaz de o fazer tão bem.
Voltamos ao lado mais pop de novo com “Broke the clock again” e “Crumbs of whatever”, voltaram a colorir a excelente prestação e devoção por parte de todos os elementos de Darko.
“Until de morning comes “ acalma as hostes com sua melodia bem calma, seguindo-se “A Part of my world” a dar quase por terminado a apresentação de “Borderline Personality Disorder” na Invicta Cidade do Porto.
Para o encore ficamos com o sombrio “Lonely room”, fechando depois com “Define joy”.
No fim ficamos então com a sensação de que cada vez mais o nosso País apresenta um leque mais vasto de estilos e a qualidade da música Portuguesa nos dias de hoje é inegável, e este projecto mostra-nos isso mesmo, independente de gostos ou preconceitos musicais, tenho que admitir que estamos perante uma voz única como é a de Zé Manel, e além disso a sua devoção nos seus projectos é inegável, e mostra-nos isso em palco, agora o futuro e seus projectos dirão para onde vai estar daqui a uns anos, cá esperamos.
reportagem e fotos : Manuel Magalhães