Noites da Queima do Porto 11 – Dia 6

Quinta-feira de Queima. É o mesmo que dizer noite de Xutos & Pontapés. Há já vários anos, e com apenas algumas excepções, que os Xutos são presença garantida na noite de quinta-feira da Queima do Porto, e com eles também uma enchente de gente, académica e não-académica, para assistir ao concerto.

O espectáculo abriu com “Sémen”, música do álbum de estreia “78-82”, que por estes dias já se torna impossível encontrar. Logo a seguir vem “Ai se ele cai” e “Dia de S. Receber”, a fazerem a pulsação subir, antes de chegar o “Fim do Mês”, hoje mais do que nunca dedicado aos portugueses. “Estupidez”, “Não Sou Jesus” e “Enquanto a Noite Cai” voltam a acelerar o ritmo. Kalú começa a próxima na bateria, batendo nos timbalões o início de “Remar Remar”, um dos hinos destes Xutos & Pontapés, que fala de lutar contra tudo, e de forçar a corrente. “Gritos Mudos” e “Perfeito Vazio” seguem-se, perfeitas antíteses do mar de gente que se estendia à frente do palco.

Já depois de uma breve saída de palco, Kalú volta com Zé Pedro para interpretar Tonto, assim mesmo, só uma guitarra e uma pandeireta. Inicia-se então uma fase acústica, onde se ouviram versões mais íntimas de “Homem do Leme”, “Circo de Feras” e “Maria”. Mais uma saída de palco, e volta a electricidade, com “Fim de Semana”, “Desejo” e “Jogo do Empurra”. O último álbum de Xutos foi homónimo, e dele saiu o tema seguinte, “Quem é Quem”. Por estas horas as barraquinhas já tinham o seu movimento habitual, mas ainda sem os muitos que assistiam ao espectáculo. “Não Sou o Único”, cantam os Xutos, com o devido acompanhamento da plateia. Antes do encore, viria ainda “Contentores”. Mais estava para vir. O encore inicia-se com um recente, mas algo desconhecido do público “Classe de 79”, uma viagem pelos inícios de uma banda já com mais de 30 anos de actividade. “À Minha Maneira” e “Chuva Dissolvente” seguem-se, a noite já vai longa, mas mesmo assim não tão longa como em outros anos. Quando surgem os primeiros acordes de “Casinha”, já toda a gente se preparava para saltar, ou para se desviar dos saltitantes. Depois de mais uma saída de palco, ouviram-se ainda “Negras Como a Noite” e “Para Sempre”, a embalar a malta estudante para uma noite cheia de éteres e desencontros.

No início da noite actuaram os Lisboetas Os Golpes, que brindaram os estudantes com um rock influenciado pela música tradicional portuguesa. Na bagagem trouxeram os álbuns Cruz Vermelha Sobre Fundo Branco e G. A Marcha dos Golpes e Vá Lá Senhora foram dos temas que mais reacção tiveram por parte do público. No final do concerto partilharam algumas palavras na conferência de imprensa.

icon Download Conferência de Imprensa Os Golpes (19.32 MB)

Fotos e Reportagem: Ivo Leitão, Ricardo Machado e Tiago Cavaleiro

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