O rock negro vindo de uma América em tons avermelhados, trazido por um homem de um País em crescimento musical abrupto, dada a qualidade das bandas contemporâneas Portuguesas. Seguimos então para o começo de uma noite em grande de Sean Riley and the Slowriders. Conduzindo um Cadillac topo de gama, Sean Riley agarra todos os acordes de suas músicas, conduzindo-as  de modo bem colorido com “Talk tonight” a servir de pano de fundo a esta viagem. Depois, “Tell me why” e “Walking home”, esta última a remontar um ritmo mais acelerado e cheia de um crescendo intenso, seguindo-se “Buffalo turnpike”. Uma balada tão nossa conhecida, “This woman”, preenche o recinto como se de uma luz de uma bola de cristal se tratasse e nos cobrisse a todos com seu reflexo. Seguiram-se “Silver”, música do novo álbum de título homónimo a ser lançado agora em Maio,  depois “Houses and wifes”, ambas a lembrar influências de Bob Dylan ou Jeff Buckley, envolvendo-se numa intensa fusão de  rock e blues, vindo a acalmar depois as hostes com “lights out”. “26 years”, “We could be” e “Harry”, antecederam o final do concerto em grande com “Got to go”, a provar nesta Queima porque é um dos melhores songwriters da actualidade.

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David Fonseca entrou em palco com uma recepção notável, por parte das inúmeras pessoas que cobriam o recinto. “Walk away when you’re winning” abriu assim o espectáculo “Breaking Waves”, seguindo-se “Owner of her heart”, “learn sometimes”, entoando depois um enorme coro por parte do público em “A cry 4 love”, “Kiss me,oh kiss me” e “Someone that cannot be love” com uma entrada de “Time after time” de Cyndi Lauper. Do projecto Humanos “Gelado de verão” de António Variações, faziam-no cantar na língua mãe, para que depois “Stop 4 a minute” com uma intro de Bloodhound Gang “Fire water burn”, punham toda a gente a dançar sem que houvesse dúvidas a par de “There´s nothing wrong with us”, abrandando o ritmo com a balada “U know who i am”. De volta às covers e ao seu lado mais pop, “Handle with care” dos Traveling Wilburys faziam com que o néon voltasse a ser ligado também em “Superstars”, “Girls just wanna have fun” de Cindy Lauper e “The 80´s”, e assim se abriu a pista de dança para uma volta nostálgica ao Mundo pop. Havia tempo ainda para uma entrada em grande, vestido de boxeur com a sua versão de “Sabotage” dos Beastie Boys, seguindo-se “This raging light”, para depois fechar um excelente concerto em jeito de festa com “Silent void”, e provando que não é por acaso que a Queima do Porto tem contado sempre com ele nas últimas edições.

A noite continuava nas inúmeras barracas, que eram brindadas pelo verdadeiro espírito do que deve ser uma Queima, com estudantes a confraternizar, uns as suas entradas na Faculdade, já outros festejavam as suas saídas para um País que não tem tido muitas.

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Fotos e Reportagem: Manuel Magalhães e Tiago Cavaleiro

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