Danko Jones, 18.09.2010, Hard Club
A determinada altura Jones refere que o espectáculo seguinte (“the dance show”) estava esgotado, ao contrário do seu (estava cerca de meia sala). Faz um paralelo entre os concertos rock e os shows de dança. E diz “They’re winning! Don’t let them win! Tell your friends what you saw here tonight…”.
“Baby Hates Me” e “Full of Regrets” antecedem uma referência ao concerto da noite anterior dos Atari Teenage Riot, que foi interrompido devido a uma reacção alérgica do membro fundador Alec Empire. “We’d still finish the show!”, diz Jones. “Even if we died, we’d still finish the show!”
A atitude e feitio de Jones são intrinsecamente parte da sua música, e tanto manda vir com o técnico de luz (“Put some light on. This isn’t a fucking Pink Floyd show!”), como entra em despique com alguém que o interpela do bar do piso superior da sala 1, uma conversa animada que envolveu comentários à respectiva orientação sexual.
Mas tudo isto só serve para tornar o espectáculo melhor, diz ele, determinado a imprimir o dobro da raiva no som a sair das colunas. “Lovercall”, “Cadillac” e “Mountain” vão anteceder o encore. A saída de palco é só uma formalidade, diz Jones. Também gosta mais deste Hard Club. É mais escuro – assenta-lhe melhor. “Dance” e “Samuel Sin” fecham o concerto, ao fim de uma hora e meia de blues e rock n’ roll.
Reportagem e Fotos: Ricardo Machado