Reportagem da Progressive Nation Tour 2009, no Pavilhão Rosa Mota, dia 22 de Outubro de 2009
Seguiram-se os Bigelf, uns ilustres desconhecidos que praticam uma interessante mistura de Deep Purple com Black Sabbath, tendo contagiado o público com os seus riffs mais psicadélicos e rock ‘n roll.
E eis que entram em cena os Opeth, banda muito aguardada por grande parte do público, tendo regressado a Portugal após os magníficos concertos em 2006. Mais uma vez, uma óptima prestação da banda Sueca, tendo apostado num setlist com músicas mais recentes, desde o Deliverance até ao Watershed, o último registo lançado no ano passado. Músicas como “Heir Apparent”, “Deliverance” ou a balada “Windowpane” arrancaram óptimas reacções do público, mesmo com um Mikael Åkerfeldt um pouco menos comunicativo como é habitual. Pena pelo pouco tempo que tocaram, aguarda-se com ansiedade a próxima vez que visitarão o nosso país em nome próprio.
Após um pequeno intervalo no final da actuação de Opeth, foi tempo de entrarem em cena os cabeças de cartaz, o colosso do metal progressivo Dream Theater. Abriram a sua actuação com a faixa “A Nightmare to Remember” do seu último álbum “Black Clouds and Silver Linings”, e à semelhança de Opeth apostaram num set-list mais recente deixando de fora alguns grandes clássicos como “Pull Me Under”. O som melhorou exponencialmente, roçando a perfeição a partir da 2a ou 3a música. Ao longo da sua prestação, os Dream Theater voltaram a mostrar porque são considerados uma das bandas com os melhores instrumentistas, com actuações irrepreensíveis de todos os elementos da banda à excepção de James LaBrie, que se notava algum cansaço. Faixas como a instrumental “The Dance of Eternity” ou o duelo de Jordan Rudess com um computador foram autênticos mimos para quem é fã de música mais tecnicista. Terminaram o espectáculo perto da meia-noite, com um épico de sensivelmente 20 minutos “The Count of Tuscany”.
No geral, a passagem da Progressive Nation Tour 2009 na cidade do Porto foi um sucesso, com uma enorme afluência de público, e com as bandas a darem óptimas prestações. Ficamos à espera de uma Progressive Nation 2010!
Ivo Leitão